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Jul 4, 2018

Paulo Finuras é Doutorado em Ciência Sociais e do Comportamento (especialidade de Ciência Política) pela ULHT, Pós graduado em Gestão e Política Internacional e Licenciado em Sociologia (ISCTE-IUL). É investigador na área da Biossociologia e da Psicologia Evolucionista e investigador integrado do CICPRIS da Faculdade de Ciências Sociais da ULHT. É também autor dos livros: Gestão Intercultural (3ª Ed. 2011), Humanus: pessoas iguais, culturas diferentes (2ª Ed., 2012); O Dilema da Confiança (2013), Valores Culturais e (Des) Confiança nas Instituições (2014), Primatas Culturais: Evolução e Natureza Humana (2015) e Bioliderança (2018), todos editados pela Sílabo

A Psicologia Evolucionista é uma área que me interessa há já algum tempo e o Paulo é um óptimo convidado para a discutir, pois é dos poucos académicos em Portugal com investigação e prática neste campo. Falámos a propósito de dois dos seus livros mais recentes - Primatas Culturais (2015) e Bioliderança (2018) - embora, na verdade, a conversa tenha acabado por divagar ao sabor da pena, como é hábito.

Uma vez que mergulhamos logo em aspectos aplicados deste tema, vale a pena aproveitar esta introdução para explicar rapidamente de que trata esta área. O que é, então, a Psicologia Evolucionista? A definição mais sintética é talvez a de que é uma área que tenta, de certa forma, casar as Ciências Sociais e as Ciências Naturais. Para isso, estuda a origem da nossa espécie, isto é, o processo evolutivo que deu origem ao Homo Sapiens, sob a lente da Psicologia. A investigação nesta área concentra-se em identificar quais os traços da personalidade humana que consistem em adaptações da evolução relativamente ao ambiente em que o Homo Sapiens surgiu e viveu a maior parte do tempo. No fundo, trata-se de aplicar ao comportamento humano a mesma lógica de selecção natural, social ou sexual que a Biologia Evolutiva usa para explicar a estrutura física ou a genética dos seres-vivos.

A grande vantagem desta área da Psicologia Evolucionista, para mim, é a possibilidade que nos dá de ir à raiz de muitos fenómenos que a Psicologia geral tem estudado de uma forma algo isolada da biologia humana. A desvantagem - ou o perigo - é, claro, cair-se no erro de ver todos os comportamentos humanos contemporâneos sob esta única lente. No fundo, é aí também que está o desafio: perceber até onde chega, e até onde não chega, a explicação evolucionista para a psicologia humana.

Foi uma conversa que me deu muito gozo gravar. Espero que gostem também de a ouvir!

Agradecimentos:
João Vítor Baltazar; Ana Mateus; Salvador Cunha; João Gil; Vasco Sá Pinto; “Falcão Milenar”

Ligações:

Biografia detalhada: Paulo Finuras nasceu em Lisboa em 1962. É Doutorado em Ciência Sociais e do Comportamento (especialidade de Ciência Política) pela ULHT, Pós graduado em Gestão e Política Internacional e Licenciado em Sociologia (ISCTE-IUL). É investigador na área da Biossociologia e da Psicologia Evolucionista e investigador integrado do CICPRIS da Faculdade de Ciências Sociais da ULHT. É também autor dos livros: Gestão Intercultural (3ª Ed. 2011), Humanus: pessoas iguais, culturas diferentes (2ª Ed., 2012); O Dilema da Confiança (2013), Valores Culturais e (Des) Confiança nas Instituições (2014), Primatas Culturais: Evolução e Natureza Humana (2015) e Bioliderança (2018), todos editados pela Sílabo.